domingo, 19 de junho de 2011

Como é grande a Estação Espacial Internacional

                              Veja e compare na foto como é grande a ISS. Para ampliar clique na foto.





  Foto: lifeslittlemysteries.com

É hora de se preparar para o ARISSat-1.

Arissat 1 in the ISS

 
Arissat 1 in the ISSÉ hora de se preparar para o ARISSat-1.

Restam poucas semanas antes de continuar a implantação do ARISSat-1 planejada
para julho a partir da ISS.

Aqui estão alguns lembretes para ajudá-lo na sua estação para as operações do
ARISSat-1.

Frequência de 145.950 MHz FM Downlink:

Nas transmissões em FM terá um ciclo de ID de voz com o prefixo RS01S, seleção de valores de telemetria, haverá 24 mensagens de saudações internacionais em 15idiomas e imagens em SSTV. Uma das mensagens será uma conversa entre Yuri Gagarin e os controladores em terra. Voce deve acompanhar as noticias para obter as informações das ativações para receber as imagens em SSTV.

435 MHz - 145 MHz Transponder Linear:

O transponder linear irá operar em modo U / V (70 cm para o up e 2m para Down). Em uma banda passante de 16 KHz de largura e a convenção será invertida, LSB para TX em 435 MHz ( uplink ) e USB para RX em 145 MHz ( downlink ) . Este modo é projetado para funcionar com transmissores de baixa potência e uma antena omni.

145.919 MHz CW MHz/145.939 Beacon:

As transmissões de CW será o indicativo de identificação - RS01S, aqui será informado qual telemetria esta disponibilizada, e indicativos das pessoas ativamente envolvidas com o programa ARISS.

145.920 MHz SSB Telemetria BPSK-1000:

As transmissões BPSK contará com um novo protocolo 1kBPSK, desenvolvido por Phil  Karn, KA9Q para ser lido em condições de baixo nível de sinal. A telemetria do satélite será trasmintida em dados BPSK.

O modo BPSK-1000 será transmitido em modo SSB em 145.920 MHz ( down ). Quando o beacon em 145.919 MHz CW2 estiver ativo isso indica que o formato BPSK-1000 está sendo transmitido. Se o beacon em 145.939 MHz CW1 estiver ativo isso indica que o backup de BPSK-400 está sendo transmitido.

O beacon será transmitido com potência de 100 mW, ambas as taxas de BPSK incluem Forward Error Correction (FEC) e espera-se que uma modesta antena de um quarto de onda e com baixa perda de cabo coaxial irá fornecer condições suficientes para decodificar e exibir a telemetria pelo software ARISSatTLM.

Será necessário conexões de áudio do SSB para a placa de som do PC. Para fazer uma configuração inical é fácil de fazer, consiste em um cabo de áudio entre orádio e a placa de som. Ligue o cabo de áudio na saida do alto-falante ou saída de headfones do rádio e o outro cabo na saida de alto-falante na placa de som do
PC.

O Modo BPSK-1000 soa como um tom mais alto do que os sons em 400 bps. É difícil
de afinar no ouvido. O Beacon CW2 é usado como um sinal de ajuste para BPSK-1000
quando se utilizar o software ARISatTLM.

Baixe o software ARISSatTLM ( livre ) v. Windows para demodular com a placa de
som:

http://www.arissattlm.org/download/
ARISSatTLM_050_Setup.exe

Faça o download do software para Mac ARISSatTLM:

http://www.arissattlm.org/download/ARISSATTLM.zip

Guia do usuário doO ARISSatTLM está disponível em:

http://tinyurl.com/42uhtyf (amsat.org)

Obtenha o seu guia de Freqüência ARISSAT-1:
http://tinyurl.com/4t497t2 (amsat.org)

ARISSat-1 os slides de apresentação (~ 1MB):

http://tinyurl.com/4n4pzkm (amsat.org)


Fonte: Coordenadores do ARISSat-1 e AMSAT News Service - ( SouthGate )

sábado, 18 de junho de 2011

Regras básicas para operações Via Satélites

Regras Básicas para Operações Via Satélites

1. Escute bem durante algumas passagens o tráfego de comunicações antes de emitir pela primeira vez. Mesmo quando já tiver muita prática na operação via satélites em  fonia  usando banda lateral, faça da escuta uma regra de ouro. Lembre-se que há estações fracas que só podem fazer-se escutar quando têm condições ideais, e em determinadas passagens só poderemo ouvi-las durante alguns escassos minutos. É essencial também que possa ter condições de escuta da sua própria emissão ( de preferência com headphones para evitar a realimentação ou ” feed-back ” ), não só para corrigir a frequência de emissão como para saber quando se deve ou não fazer uso da emissão. Certos satélites apenas estão disponíveis em F3E em determinadas alturas. Use o tempo em que não pode emitir para ajustar ou melhorar as suas condições de recepção e escuta, treinando a correção do efeito Doppler.

2.Limite o seu contato ao máximo, pois o tempo de comunicação é escasso e há com certeza alguém mais que quer ter uma primeira oportunidade. Algumas estações podem estar muito interessadas na posição geográfica dos seus interlocutores, pelo que não é grave se acrescentarem essa pergunta ao princípio geral de operação aqui desenvolvido anteriormente. Lembre-se que nas passagens seguintes terá outras oportunidades de contactar as estações que procura e que alguém com mais dificuldades estará seguramente a agradecer-lhe esse gesto de cortesia.

3. Tal como nos contatos por esta via, a chamada geral deve ser bastante curta, usando a  língua internacional, como o inglês, pois lembre-se que a sua chamada vai ultrapassar fronteiras. Use expressões como ” CQ Satellite, this is P(…) ” ou simplesmente ” This is P(…) listening  AO-7 ( ou outro satélite ) “. Esta chamada deve ser feita uma única vez em cada tentativa. Chamadas muito longas são um desperdício de tempo e deixam escapar oportunidades de contacto com a nossa própria estação porque tanto a entrada como a saída de estações no alcance do satélite são rápidas, frustrando quem aguarda por uma oportunidade para nos responder e vê escoar-se essa hipótese durante uma chamada prolongada.

4.  Aguarde sempre pela sua oportunidade de falar. Nunca interrompa um QSO só porque o seu tempo está chegando ao fim. Corre ainda o risco dos sinais das estações interferidas serem mais fortes do que o seu ( devido à posição ), e o QSO ter que se prolongar ainda mais para que consigam voltar a escutar as informações que foram prejudicadas ou interferidas pela sua chamada.

5. Nunca teste o seu acesso ao repetidor do satélite com uma portadora  não modulada, uma banalidade como a expressão ” olá ” ou um simples  assobio, ( sobretudo se outras estações o estão a usar ). Dê sempre o seu indicativo em qualquer circunstância e aproveite as horas menos concorridas para fazer os seus testes através de chamadas com o seu indicativo de estação. Lembre-se sempre que a sua chamada via chegar a vários países e há que dar uma boa imagem dos radioamadores nacionais no estrangeiro.

6Recompense os bons operadores nas suas respostas às chamadas gerais. Esta é uma forma de premiar quem faz da etiqueta o seu modo de operar satélites e é uma lição para os « tubarões » que assim começam a entender que só os melhores operadores conseguem as mais altas taxas de QSO’s. Não se esqueça também de reconhecer o esforço a quem tenta corrigir-se dos erros e se prontifica a fazer um esforço para mudar de atitude nas passagens seguintes.

7.  Use sempre a menor potência necessária. Em satélites que operam em FM as diferenças entre potências não são tão devastadoras para as comunicações e para o repetidor como em banda lateral ou em comunicações digitais, contudo convém provocar o menor nível possível de interferências e perturbações. Com um enfasamento de 4 antenas do tipo Yagi-Uda de 2 metros de comprimento, uma estação trabalha perfeitamente um destes satélites apenas com 20 mW de potência. Só é necessário dispor de mais de 5 W quando se está a trabalhar com uma simples antena omni direcional própria para comunicações ao nível local, a fim de se compensarem as irregularidades relativas ao seu organograma de irradiação ( sobretudo nos ângulos críticos para a passagem do satélite ).
Operar através destes repetidores analógicos em FM a bordo de satélites do serviço de amador não é tecnicamente difícil nem é uma comunicação que se afasta radicalmente das formas de contato via repetidores locais. Para se conseguirem ultrapassar as particularidades destes repetidores, como o fato de estarem a mais de 800 Km de altitude e em movimento constante basta seguir algumas regras simples :

* Se voce trabalha com equipamentos separados para VHF e para UHF, sintonize um para a frequência de emissão ( canal de subida ou frequência de recepção do repetidor a bordo do satélite ), e o outro na frequência de recepção ( canal de descida ou frequência de emissão do repetidor a bordo do satélite ).
** Por exemplo para trabalhar o AO-7 com rádios que não fazem full duplex. Sintonize o receptor em SSB em uma frequência próxima ao centro do espcetro de RX.   Ajustando a frequência de TX, trasmita para o satélite e  localize o seu retorno.  Após conseguir ouvir  o seu retorno na frequência no RX, não é  necessário fazer ajustes no receptor,  os ajustes serão feitos apenas no TX,  assim voce ganha tempo e as outras estações chegaram até voce sem dificuldades.
* Caso esteja utilizando um equipamento de banda dupla com um  VFO independente para VHF e outro para UHF, siga os procedimentos normais para fazer trabalhar independentemente em cada frequência.
* Convém ainda se possível ter também uma antena para VHF e outra para UHF sempre que a emissão  provocar interferências ou danificar a parte relativa à sua recepção, caso esteja usando apenas uma antena comum de banda dupla ( dual band ). Devem ser tomadas todas as medidas para que a emissão não interfira na recepção.
* Trabalhar com headphones ajuda a evitar o nefasto efeito de realimentação ( ” feed-back ” ) que surgem em certas condições de trabalho, sobretudo quando se usam equipamentos separados para VHF e para UHF.
* Operar com equipamentos de banda dupla sem VFOs independentes ou que não permitam escutar uma banda enquanto se emite na outra dificultam muito a operação por impedirem a monitorização do canal de descida ao mesmo tempo que se transmite, mas não é de todo impossível.
* Para treinar a operação em repetidor via satélite use um repetidor de banda cruzada local ( como o que existe em Monsanto – HF/UHF ) simulando a comunicação via satélite com ajuda de outra estação.
* Para controlar o efeito Doppler é necessário ter-se em consideração que ele pode ir até 3KHz em VHF e até 10 KHz em UHF, por essa razão devemos estar preparados para sabermos como atuar para compensar estes desvios usando entre outros os métodos descritos no próximo artigo sobre este tema com o seu esquema de operação.
** Para contatos em CW utilize sempre baixa potência, e trabalhe nas laterais do transponder do satélite, pois o emprego de alta potência atrapalha à todos. Dificilmente uma estação irá respondê-lo no centro da frequência de operação do satélite em CW.
** Dê prioridade para as estações que estão chamando no satélite caso voce ainda tenha uma vantagem de footprint sobre as mesmas, voce poderá facilmente em seguida trabalhar a estação desejada.

O texto acima foi transcrito da ARLA ( Associação dos Radioamdores do Litoral Alentejano em http://arla.radio-amador.net/artigo5.htm ) e adaptado para o PT BR  por PS8RF.  ** Grifo de  PS8RF.

73 e Bons QSO’s

Satélites para Radioamador



O que são Satélites

Satélite é um veículo espacial, tripulado ou não, colocado em órbita de um planeta, para ser  utilizado na pesquisa científica e nas telecomunicações em geral, como na retransmissão de sinais de rádio digitais e voz.
Os satélites estudados, desenvolvidos e construídos por organismos tecnológicos e científicos internacionais criados e mantidos por Radioamadores, são uma parte essencial do Serviço de Satélites de Radioamadores (tal qual é definido e reconhecido pela UIT e pelas administrações de radiocomunicações dos estados membros das Nações Unidas).
As comunicações aeroespaciais é uma das áreas com mais futuro na exploração do espaço e das radiocomunicações. É a modalidade de Radioamadorismo que menos tem sido praticada e desenvolvida ao redor do mundo pelos  Radioamadores, porque no geral, as pessoas com menos qualificação tecnológica consideram que as comunicações de rádio se fazem nas freqüências abaixo de 30 MHz. O que gerou uma crença (errada) de que, explorar satélites de Radioamador, é uma operação complexa em termos de meios e de conhecimentos radioelétricos, o que não é necessariamente verdade.
Existem satélites que podem ser operados sem ter de se estudar a sua exploração durante meses a fio, e muito menos, sem ter de se dispor de sofisticados equipamentos de rádio e antenas.
É muito provável que na sua maioria, em cada uma das atuais estações de Radioamador, possam existir equipamentos e meios técnicos suficientes para se operar um satélite de Radioamador, de forma que qualquer um possa iniciar neste interessante campo das comunicações aeroespaciais.


Este documento contém um conjunto de questões e respostas suscetíveis para ajudar a elucidar  para qualquer Radioamador de como se deve proceder para se equipar e explorar as comunicações através de satélites. O objetivo da AMSAT-CT é proporcionar a difusão e tradução para o mundo português, através da adaptação de diversos documentos originais criados em todo o mundo pela estrutura da AMSAT Amateur Radio Satellite Corporation da qual a AMRAD é através da secção AMSAT-CT a delegação portuguesa, criando um espaço associativo a partir da qual teremos melhores possibilidades de partilhar tecnologias essenciais à exploração destes e outros domínios espaciais e científicos.

1. Afinal o que é um Satélite?

Um satélite artificial é um sistema que órbita em torno do nosso planeta, com uma altitude e velocidade constante. Geralmente os satélites estão equipados com meios radioelétricos e são dotados de energia, dispondo ou não, de um sistema de controle remoto. O satélite artificial é um equipamento modular integrado, que voa no espaço exterior da Terra. O conceito do satélite artificial enquanto veículo espacial e suporte de uma estrutura receptora e emissora foram desenvolvidos por Artur C. Clark, um radioamador britânico. A sua aplicação torna-se realidade quando Sergei Koreleve em 1957 faz o lançamento para o espaço do Sputnik-1, um satélite composto por um pequeno emissor de rádio. Em Dezembro de 1961, quatro anos depois, é lançado no espaço o OSCAR-1, que se torna no primeiro satélite de Radioamador. Existem satélites que cumprem todas as aplicações necessárias do ponto de vista técnico e científico, e que podem ou não, ser repetidores, geradores e transdutores de informação diversa, mas onde toda a informação tem de ser gerada e processada eletronicamente através das comunicações por meios de Rádio.
2. Como funciona um Satélite?
Na mais corrente das aplicações, quando se emitem sinais na direção de um satélite, estes sinais são recebidos pelo receptor do satélite que os amplifica, converte espectralmente, podendo demodular ou processar, quer comandos, quer os sinais terrestres, que os reenvia através da cadeia emissora do satélite, como sinais destinados a todas as estações que operarem no mesmo espectro radioelétrico do satélite. Na mesma ocasião, em qualquer lugar do mundo que esteja situado no horizonte artificial do satélite, outro Radioamador ou utilizador, pode receber os sinais de rádio e responder aos chamados. É assim que se processa uma retransmissão aeroespacial, ou como em síntese, pode funcionar um satélite por mais elementar que seja ele.

3. Como se movimentam os satélites através do espaço exterior da Terra?

Os satélites disponíveis, através dos quais podemos ensaiar as comunicações efetuadas pelo Serviço de Satélite de Radioamador, dispõem basicamente de dois tipos de órbitas terrestres: a circular e a elíptica.
A órbita circular é efetuada pelos satélites que órbita a Terra de forma circular, ou seja, aqueles que mais ou menos conseguem manter a mesma distância em relação à Terra, entre os pólos e o equador, com movimento e altitude orbital constantes em relação à superfície terrestre. Esta é a mais comum e conhecida das órbitas.
Os satélites que efetuam órbitas elípticas têm uma característica peculiar porque permanecem a orbitar mais tempo sobre a mesma localização terrestre, focando o mesmo horizonte artificial durante várias horas ou dias, pelo fato das suas órbitas serem bastante mais extensas e longínquas da Terra, quer a partir dos pólos, quer do equador. Existe um terceiro tipo de órbita, que é denominada por geo-estacionária, em virtude de o satélite acompanhar o movimento de rotação e permanecer focado no mesmo horizonte terrestre.

4. Qual é a cobertura terrestre de um satélite?

Tal como os  repetidores de rádio instalados no alto de uma montanha  e que dispõem de uma maior cobertura em relação ao horizonte e curvatura da crosta terrestre, também os satélites dispõem de horizonte artificial que lhes permite grandes áreas de cobertura na chamada linha de vista radioelétrica. Os satélites de órbita polar baixa encontram-se orbitando a Terra a partir de altitudes variáveis e que geralmente começam em torno dos 300 km e podem ultrapassar os 2000 km de altitude em relação aos pólos. Com esta posição orbital, o satélite dispõe de um horizonte artificial onde é visto, e ilumina em termos radioelétricos, a mesma área continental que pode ir de Portugal à América, ou cobrir uma substancial parte da Europa e da África.

Há quem denomine esta zona iluminada ou cobertura do campo radioelétrico do satélite, por zona de sombra ou foot print. Será mais adequado chamar-lhe horizonte artificial do satélite, que é a área onde qualquer estação terrena pode emitir e receber sinais de um satélite em termos de rádio-visibilidade. Todas as estações que simultaneamente se encontram dentro do horizonte artificial do satélite podem contactar entre si através da retransmissão feita a partir do próprio satélite. Nas condições orbitais dos satélites polares de baixa altitude, a duração do período de retransmissão depende da janela do satélite, que é o tempo da passagem do satélite dentro do referido horizonte artificial, sendo a velocidade constante em relação à superfície terrestre. O horizonte é maior quanto mais elevada for a órbita polar. Nos satélites tudo tende a ser constante no espaço, incluindo a velocidade que é cerca de 35.000 km/h.


5. Quantas vezes um satélite polar pode passar sobre a mesma localização?

Qualquer satélite de órbita polar baixa, dentro de um período de 24 horas, passa pelo mesmo lugar cerca de 2 a 6 vezes, sendo a orientação magnética dessas passagens invertida, em virtude do movimento da rotação da Terra, dado que o sentido orbital do satélite é constante. Em algumas regiões próximas ao eixo polar os satélites tendem a passar até 9 vezes durante o dia.
O tempo de duração de cada uma das passagens depende da verticalidade da órbita em relação à localização terrestre da estação, que pode em condições médias, oferecer passagens de 10 a 18 minutos cada uma delas, dependendo da altitude da órbita. No geral, podemos utilizar um satélite polar de órbita baixa durante mais de 1 hora num dia de atividade normal. No presente, o Serviço de Satélite de Radioamador dispõe de mais de 20 satélites em operação que nestas condições, nos facultam mais de 15 horas diárias de consecutiva operação, feita por satélites e por serviços diversos.

6. Qual a razão da nova geração de satélites ser de órbita elíptica?

As facilidades presentes que nos são conferidas pelas tecnologias de utilização dos satélites de órbita elíptica, oferecem outras características e potencialidades de exploração. Os satélites de órbita elíptica dispõem de dois pontos determinantes: durante o perigeu, eles oferecem as passagens mais próximas da Terra, e durante o apogeu, permitem tempos de acessos maiores, em virtude das passagens serem as mais distantes da Terra. A maior facilidade que resulta deste modelo de órbita, é o fato de que durante o apogeu, o satélite ter um horizonte artificial máximo sobre a superfície terrestre, dado que estas distâncias ultrapassam os 45.000 km. Por conseqüência, o tempo na duração do horizonte artificial, pode ser superior a 10 horas de rádio-visibilidade, sobre a mesma localização terrestre.
Tecnicamente, os satélites de órbita elíptica podem ser equivalentes à criação artificial de qualquer uma das faixas de ondas-curtas. A maior diferença para o operador de satélites, centra-se no fato de ser quase imperceptível o efeito de Doppler, porque este efeito ocorre de forma muito acentuada, durante as passagens dos satélites de órbita polar baixa.
O efeito de Doppler resulta de efeitos da física, produzidas pela velocidade elevada e constante a que o satélite é sujeito durante a sua rotação orbital. É um fenômeno de efeitos radioelétricos pela variação positiva e negativa das freqüências portadoras, que ocorre em ambos os sentidos, dos sistemas emissor e receptor do satélite e da estação terrena. Uma compensação (manual ou automática) é essencial, para uma correta sintonia de ambos os sistemas situados dentro do cone de passagem radioelétrico do satélite, em relação ao ponto vertical relativo com a posição terrena da outra estação.
É baseado neste fenômeno físico que hoje funcionam os sistemas GPS, cuja primeira aplicação foi efetuada através do satélite de Radioamador da AMSAT, o OSCAR 6 durante o ano de 1973. Só depois da descoberta desta aplicação, se passaram a desenvolver comercialmente qualquer um dos atuais sistemas de posicionamento global por satélite.

7. A localização orbital do satélite. Quando é que ele passa sobre a minha posição terrestre?

A previsão das órbitas dos satélites foi no início da exploração espacial e até aos anos de 1975 um verdadeiro quebra cabeças. Já foi o tempo da réguas de cálculo (ponta do lápis), então denominada por OSCAR LOCATOR. Mesmo assim, só depois de 1985 as coisas se tornaram mais simples com a utilização de máquinas de calcular e da computação simples do XT. Hoje, qualquer computador pode-se instalar um software de cálculo, ou rastreador de satélites com mapas e previsões referentes às órbitas de um satélite, incluindo o comando automático de rotores e correções de efeito de Dopller.
Entre os mais populares e acessíveis software recomendamos o Orbitron. Ele produz imagens gráficas a cores, fornece dados importantes sobre a passagem vertical, a aproximação e o afastamento da satélite, distância, velocidade, altitude, a elevação e o azimute, ou a posição vertical do satélite selecionando, em qualquer parte da sua órbita. Com a instalação de alguns drivers, ele pode efetuar o comando automático dos rotores e fazer a correção de efeito de Doppler, bem como a sintonia automática dos sistemas emissor e receptor.
Permite ainda a atualização dos dados Keplerianos pela Internet, o acerto das horas por ligação a relógio atômico. Permite visualizar o footprint de vários satélites em simultâneo e fazer a impressão das passagens de satélites em papel, para ocasiões em que o computador não pode ser utilizado.

8. Na passagem orbital de um satélite, existe uma melhor situação quanto ao ângulo de elevação?

A melhor situação na passagem de um satélite é a vertical com relação a estação terrena, o que raramente ocorre. Nestas condições, o ângulo de elevação terrestre em relação ao satélite é máximo, ou seja os 90º de elevação. O cone de aproximação na passagem vertical e afastamento são máximos, numa órbita vertical. Mas esta condição não significa que seja a melhor, pois qualquer órbita pode ser boa, desde que seja superior ao horizonte artificial de 2º a 4º e seja uma passagem sobre uma localização sem obstáculos em temos de horizonte, ou seja, sem montanhas e sem prédios ao redor da estação terrena.

9. Qual a entidade que faculta as informações sobre os Dados de Kepler, essenciais aos cálculos orbitais?

A NORAD é a entidade que nos Estados Unidos da América do Norte, efetua o rastreio e as medições de todos os satélites em órbita no espaço exterior da Terra. São essas informações que nos são depois fornecidas através de Dados Keplerianos ou de Kepler.
Depois de receber estas informações através da AMSAT e dos seus organismos representantes, podemos instalar esses dados no software de cálculos orbitais os elementos neles contidos.
Estes elementos Keplerianos são editados em publicações especialaizadas, ou existem diretamente em bases de dados disponíveis na Internet. Eles estão disponíveis para a comunidade de Raioamadores, através da AMSAT e em dois formatos distintos: NASA ou 2Lines, e AMSAT. No geral, todos os programas de cálculo, conseguem processar ambas as versões de keps. Leia o artigo editado pela AMSAT-CT, denominado: DADOS KEPLERIANOS. Você pode fazer ainda o download dos elementos keplerianos no site www.celestrack.com.

10. Existem muitos satélites disponíveis para o Serviço de Radioamador?

Com o começo do novo milênio, estão disponíveis, no decurso dos anos de 2001 e 2002, mais de 20 satélites, todos eles pertencentes ao Serviço de Satélite de Radioamador.
Tendo ocorrido ainda um fenômeno único na história aeroespacial, que foi o ressurgimento em Junho de 2002, do satélite OSCAR-7, um satélite de radioamador tecnicamente dado como desaparecido em 1980, fazia mais de 21 anos. Atualmente o AO-7 é dos satélites mais procurados para a pratica de DX, ele completou 34 anos de atividades.

Satélites Operacionais




11. Que tipo de disciplinas ou que atividades se podem encontrar nos Satélites de Radioamador?

Ao longo dos anos, os radioamadores tecnicamente qualificados, e que em parceria com outros grupos de investigação e desenvolvimento, nomeadamente as universidades e forças de defesa, têm desenvolvido diferentes tipos de sistemas, incluindo satélites dedicados a áreas temáticas diversas. Designadamente para fins ambientais e educativos.
Ao contrário da visão consumista, que certas indústrias e comércio de materiais de rádio quiseram transmitir junto aos cidadãos comum informações do Serviço de Radioamador com o intuito de venderem seus equipamentos. Em nada funcionou. Tanto que a história e os imperativos suscitados pelas culturas civilizacionais exigem de todos nós, incluindo os Radioamadores e as comunidades científicas e tecnológicas, uma atitude construtiva e de serviço público, sustentados por organismos sérios e dedicados, que tem por prioridade, a educação, as culturas de saber e do conhecimento, o desenvolvimento humano global, em absoluta liberdade e respeito pelos direitos e deveres comuns das sociedades e das nações. Uma atitude de clara consciência, uma prioridade sobre o lúdico, desportista e consumista.
Nestes termos, tem sido a NASA, a ESA e a Agência Espacial Russa que ao lado de escassos governos de outros estados membros das Nações Unidas, tem ajudado a comunidade dos radioamadores a estudar e a desenvolver, construindo e colocando em órbita da Terra inúmeros satélites para radioamadores. Para o novo milênio e para este século XXI, estão disponíveis satélites através dos quais se podem operar todos os serviços ou modos de transmissão atualmente existentes. São mais os satélites disponíveis do que a qualificação técnica e a destreza operativa de qualquer um de nós individualmente, associada com o tempo livre de poder utilizá-los. Podemos operar satélites a partir da telegrafia manual, passando pela banda lateral única ou dupla, o rádio-teletipo, o SSTV, o FM, o FSK e todos os elaborados modos de transmissão digital e vetorial, que nos dão acesso à comunicação direta individual, à difusão geral, à tele detecção e controle remoto de sistemas. Preparam-se os radioamadores, através da AMSAT, para a navegação e para a viagem espacial. São estes grandes desafios tecnológicos do futuro e da humanidade.

12. É fácil operar através de um desses Satélites de Radioamador?

A facilidade ou a complexidade na operação de um satélite de radioamador, depende obviamente das características técnicas do satélite selecionado. Podemos dividir os satélites por serviços analógicos e digitais, em quatro grupos essenciais, são eles:

a) Satélites de órbita polar de baixa altitude, dedicados a serviços analógicos.

Estes são, aparentemente, os satélites mais acessíveis e fáceis de operar. Compostos essencialmente por sistemas retransmissores, de banda estreita, e de banda larga. Os sistemas retransmissores de banda larga são denominados por transponders lineares, pois são sistemas lineares, que efetuam a transposição espectral de uma faixa com determinada largura de banda, para outro espectro ou segmento de banda. São sistemas que dispõem de uma largura de banda (no caso dos amadores) de 30, 50 ou 100 KHz. Nas aplicações comerciais eles atingem vários MHz de largura de banda. Nestas aplicações, um transponder linear ao invés de efetuar a retransmissão de um canal simples (tipo FM) ou de uma única transmissão, ele efetua a retransmissão integral de um espectro sem ser demodulado. Chama-se uma transposição em banda base nos casos em que o sinal é recebido por um receptor, tratado em nível de RF por um sistema de freqüência intermédia, é transposto para outro espectro e amplificado numa cadeia emissora de potência. Os sinais são compostos por múltiplos tipos de emissões diferentes e de banda estreita, do tipo USB, CW, RTTY, SSTV, FSK BPSK, PSK, onde se podem incluir emissões ou serviços analógicas e digitais de pequena ocupação espectral, entre 150 Hz e 3 KHz.
Os sistemas retransmissores de banda estreita são como repetidores de FM (F3E) ou NBFM.
Eles fazem a repetição de uma emissão em modulação de freqüência ou fase, são demodulados e retransmitidos através de um canal ou faixa de áudio, a ser de novo modulada na freqüência que se desejar retransmitir, tal qual é feito em repetidores terrestre.
Estes satélites são muito populares entre os Radioamadores de menos recursos técnicos. São fáceis de operar e podem até ser compostos por mais de um receptor de FM, cujos sinais de áudio, uma vez demodulados, são misturados ou selecionados à entrada do modulador comum de um único emissor destinado ao downlink ou ligação de descida do satélite. A ocupação espectral recomendada para este tipo de satélites é de cerca de 5KHz a 12,5 KHz, poucos são os sistemas modernos que ocupam 25 KHz.

b) Satélites de órbita polar de baixa altitude, dedicados a serviços digitais.

Estes são os satélites de órbita circular polar que operam principalmente packet nas suas diversas modalidades. São o equivalente terrestre a uma BBS de packet. Nesta ocasião, estão operativos mais do que 10 satélites deste tipo. Entre estes, contam-se os satélites tradicionais a operarem a 1200 bps, vulgarmente conhecidos por pacsats.
Existem ainda os satélites que também fazem serviço de BBS, mas trabalham com velocidades de 9600 bps. Estes satélites foram equipados com sistemas de teledeteção, incluindo câmaras e sistemas de fotografia, que transmitem para a Terra imagens na forma digital.

c) Satélites de grande altitude e órbita elíptica, dedicados a serviços analógicos e digitais.

Estes são, conforme referimos os satélites que melhor nos permitem efetuar comunicações entre múltiplos continentes. As comunicações intercontinentais, tal qual se fazem nas faixas de ondas-curtas. Nestes satélites utilizam-se todos os serviços de banda estreita, como serviços analógicos ou digitais.
Os requisitos técnicos são mais elaborados, nomeadamente os ganhos de conjunto das antenas, pois as quantidades de energias radioelétrica em jogo e necessárias para cobrir tão grandes distâncias, são substancialmente menores. Aqui se utiliza as melhores aplicações, as melhores e mais adequadas instalações, os menores fatores de ruído térmico de uma instalação, quer seja de um receptor, de uma antena ou conjunto de antenas.
Estes são os satélites da Fase 3 que entre eles se destacou o OSCAR 10, e depois deste, o satélite da Fase 3-D, o AO-40 ou OSCAR 40.
d) Estações orbitais ou satélites tripulados.
Por último, as naves espaciais tripuladas: é o caso de sucesso da Estação Espacial Russa – MIR, a quem prestamos a nossa homenagem, pela forma inteligente, como foi explorada em termos culturais pela Agência Espacial Russa, num claro exemplo de múltiplas parcerias e adequadas partilhas culturais e científicas. Onde os Radioamadores se viram naturalmente envolvidos durante muitos anos.
A prosseguir o mesmo espírito de vanguarda, temos hoje a ISS e a ARISS – Amateur Radio on International Space Station, tal qual o projeto SAREX e a participação dos Radioamadores em inúmeras missões STS a bordo do Space Shuttle americano.
Todas estas aeronaves têm instalados à bordo equipamentos diversos de radiocomunicações nas faixas de HF, VHF e UHF, meios dedicados ao serviço de radioamador e com os quais se partilham imensas experiências em diversos campos científicos, tecnológicos, culturais, educativos e humanitários.
Atualmente a ISS está operacional nas faixas de radioamador, através dos esforços e gestão da ARISS, um esforço institucional, a partir da qual é possível contatar para fins culturais e educativos, os astronautas e cosmonautas que nela habitam e trabalham, através de radiocomunicações diretas, efetuadas por diferentes serviços ou modos analógicos e digitais.

13. Quais são afinal, os modos ou serviços disponíveis nos diversos satélites?

O termo modo é tido no Serviço de Satélite de Radioamador como a banda ou faixa de freqüências que se utilizam. O modo não é mais do que o tipo de emissão e recepção, que se pode emitir ou receber de qualquer satélite de radioamador.
São diversos os tipos de emissão e recepção que podem ser enviados ou recebidos por um satélite. Pode, no entanto parecer complexa a descrição de cada um dos serviços, vulgarmente usados nestes campos da experimentação das ciências radioelétricas.
Num satélite, o modo significa a identificação da banda que posso utilizar para operar através do satélite, ou seja, que banda se utiliza na ligação de subida para o satélite ou uplink, a banda que se usa para emitir, ou a banda que utiliza na ligação de descida do satélite ou downlink, a banda onde se recebem os sinais do satélite através da estação terrena.
São os seguintes, os planos de banda ou modos convencionados, para o Serviço de Satélite de Amador:


Nos planos de Banda destinados aos satélites de radioamador, ocorrem denominações com 2 letras, tais como Modo JA ou Modo JD. Nestas situações, a forma de operação do satélite deve ser feita para o caso do Modo JA em modo J em serviço Analógico, e na situação referencia como Modo JD, opera-se no Modo J em serviço Digital.
Um determinado satélite opera em modo composto, como por exemplo Modo KA, isto significa que se pode operar um Uplink quer na banda dos 15 metros (21.2 MHz) quer na banda dos 2 metros (145 MHz), e que em ambas as ligações se faz o Downlink na banda dos 10 metros (29 MHz).

14. Qual é a potência de emissão requerida para uma Comunicação através de Satelites para Raioamador?

A operação através de um satélite não requer especificamente o emprego de potências elevadas, apenas a necessária. Porquanto o emprego de sistemas lineares de transposição de freqüência ou transponders são fortemente afetados pelo emprego de sinais fortes, que descriminam as estações com baixas potências, saturando os sistemas de saída da cadeia emissora do satélite e reduzindo substancialmente a potência do emissor no Downlink. Este é um sintoma evidente de que o PA do satélite é protegido pelo seu sistema de ALC.
Quando se utilizam sistemas de antenas do tipo YAGI-UDA ou outras antenas direcionais, não se aconselha a utilizar potências de emissão superiores a 30W, no máximo 50W.
15. Classificação dos Satélites:
O setor industrial da exploração comercial de satélites, está hoje mais dedicado à colocação de satélites no espaço em órbitas geo-estacionários, e com massas úteis que podem variar entre 1000 Kg e mais de 5 toneladas onde se podem incluir as estações orbitais tripuladas.
Em seguida veremos o que significa o termo de pequeno satélite, e que utilidades se podem conferir à exploração espacial.
Em muitas outras aplicações, que aliás, estão na origem da própria exploração espacial, surgem a construção e o lançamento pelos russos e americanos, dos primeiros satélites como foram o Sputnik, o Explorer e o Vanguard entre os anos de 1957 e 1961. Nesta busca incesante de saber e conhecimentos, estão desde o inicio da Historia Aeroespacial os Radioamadores.
As evoluções das engenharias aeroespacial e eletrônica têm permitido potenciar e explorar tecnologias alternativas, que permitiram entre outras, reduzirem substancialmente o tamanho e aumentar a eficiência dos satélites. Estas condições permitem reduzir o tamanho dos satélites de tal forma que são hoje classificados da seguinte forma:


Na tabela acima, são conhecidos e utilizados imensos termos na classificação e definição dos satélites, entre os quais referimos: Cheapsat e os SmallSat que incorporam os MicroSat, MiniSat, NanoSat, e ainda os PicoSat e FemtoSat, Cubesats, sendo provável que outras classes de satélites venham a ser descobertas e aplicadas.
Todas estas terminologias representam claros conceitos técnicos que são objetivos, e filosofias de utilização dos próprios satélites, que estão inseridas em programas de aplicação entre os pequenos e os grandes satélites.
Algumas entidades designam no seu conjunto como LightSats, os satélites que se inserem nos sistemas de satélites baratos (single purpose inexpensive satellite systems), onde se incluem alguns satélites do serviço de radioamador e satélites militares tácticos. O conceito do pequeno satélite ou SmallSat surge assim por duas vias: 1) a possibilidade da miniaturização do próprio satélite e 2) a possibilidade de o lançar no espaço a partir de pequenos foguetes lançadores. Estes dois fatores conjugam-se num novo conceito industrial de: rápido para construir, pequeno em tamanho e consumo de energia, mais barato na construção e lançamento.
Não só nos satélites, bem como em muitas outras aplicações aeroespaciais utilizadas no voo interior e exterior da Terra, os satélites artificiais inventados pelo radioamador britânico Sir Arthur C. Clark são uma realidade estrutural. São parte corrente e estratégica os pequenos satélites, porque nos permitiram reduzir os custos industriais de construção e lançamento, de tempo de montagem e escala de desenvolvimento.
A tecnologia utilizada nos satélites pequenos, possibilitam outras aplicações como a simulação de satélites através do voo passivo de balões na alta atmosfera terrestre, ou em aeronaves elétricas controladas remotamente nos voos atmosféricos acima dos 10.000 metros de altitude, num espaço onde os aviões convencionais já não podem voar. Tudo isto nos permite desenvolver aplicações novas e conhecimentos suscetíveis para alcançarmos a moderna exploração do espaço, facilitando o desenvolvimento tecnológico terrestre, com maior rapidez e rotação na renovação dos sistemas e utilizações, que permitem novas soluções, melhorias e inovações constantes.
Neste domínio os radioamadores integrados na AMSAT e nas associações confederadas na IARU, tem dado importantes contribuições, em termos de exploração das comunicações aeroespaciais, com novas aplicações no desenvolvimento das múltiplas tecnologias utilizadas ao longo do vasto espectro radioelétrico, dedicado ao serviço de satélite para radioamadores.
A classificação universal de Small Satellite é utilizada para definir todas as aeronaves em órbita da Terra que possuam uma massa inferior a 500 Kg, entre as quais se incluem, na generalidade, um grande número dos satélites construídos e lançados no espaço por organismos de radioamadores, integrados e parceiros da AMSAT.
Esta inovação da tecnologia integrada permitiu a diversificação e criação de satélites entre os 100 e 200 kg, assim como mais oportunidades de desenvolvimento e criação de novos satélites. Além da criação dos chamados Cubesats, pequenos satélites com massa que variam de 1 a 3 Kg e medem entre 10X10X10 cm3 a 10X10X30 cm3.

16. Em que organizações eu devo me filiar, com o propósito de prosseguir, com orientação técnica e enquadramento federativo, as disciplinas e áreas temáticas do Serviço de Amador e Serviço de Satélite de Radioamador ?

No sentido geral, o Serviço de Radioamador atravessa uma grave crise de participação a nível mundial.
A industrialização e comercialização de equipamentos de rádio destinados a radioamadores, que ocorreu a partir de meados dos anos de 1970, facilitou o acesso massivo a centenas de milhares de pessoas. Na mesma proporção, e ao arrepio do crescimento e da estruturação, nem os governos, nem as associações confederadas na IARU, conseguiram enquadrar e gerir esta imensa massa humana. São hoje às centenas de milhares os radioamadores sem conhecimentos técnicos, que um pouco por todo o mundo, utilizam gratuita e impunemente, todos os meios retransmissores, os satélites e outras facilidades tecnológicas e estruturais, designadamente os serviços de Bureau e QSL da IARU, sem que contribuam financeiramente ou estejam sequer filiados e federados em nenhuma associação de radioamadores.
Parece-nos absolutamente estranho e uma falta de bom censo, esta atitude de desconhecimento e irresponsabilidade por parte dos radioamadores que assim procedem.
Tem sido investidas pela AMSAT e pelas mais empenhadas associações de radioamadores da Europa, da América e do resto do mundo, dezenas de milhões e milhões de dólares, algumas vezes apoiados e financiados por diversos governos e entidades privadas, sem que muitas centenas de milhares de radioamadores, utilizadores freqüentes destes meios técnicos se disponham a estar filiados e a contribuir, para tais desenvolvimentos. Aqui fica um apelo! Seja filiado numa associação local, regional ou nacional, confederada na IARU.
São as seguintes as organizações que os Radioamadores devem contactar:

Nos Estados Unidos da América do Norte:

Em Portugal:
AMSAT-CT: www.amrad.pt
Livrarias ou Editoras Técnicas:
• The Satellite Experimenters Handbook (ARRL)
• The ARRL Satellite Antology (ARRL)
• Having Fun Getting Started on the Oscar and Weather Satellites! (R. Myers Communications)
• The AMSAT Journal (AMSAT)
• Oscar Satellite Report (R. Myers Communications)
• Satellite Operator (R. Myers Communications)
• CQ Radio Amateur
• QST, World Radio (ARRL)
• Practical Wireless
• 73 Amateur Radio
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A AMSAT deseja agradecer a cooperação da AMSAT-CT, pela edição deste artigo em português. Artigo adaptado do Português PT para o Português BR por Pirajá, PS8RF(AMSAT member)

terça-feira, 7 de junho de 2011

Chega ao fim os voos dos Ônibus Espaciais Americanos






Em 1981, o Columbia realizava o voo de estreia do Programa Ônibus Espacial e se tornava o primeiro veículo reutilizável a viajar para o espaço. Tinha início uma nova era na exploração espacial, marcada por inúmeros avanços científicos e pioneirismos tecnológicos, entre eles o lançamento de mais de 70 satélites, incluindo o telescópio Hubble, e a construção da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A poucos meses de completar 30 anos e após executar mais de 130 missões, o fim dessa era se aproxima. Quando o programa for extinto, a Nasa ficará sem um veículo próprio para levar seres humanos ao espaço. A partir de então, o transporte de astronautas da agência para a ISS será feito a bordo dos foguetes russos Soyuz. Pela primeira vez em décadas, os EUA dependerão da Rússia para fazer viagens espaciais tripuladas.


O último lançamento de um ônibus espacial americano, o Atlantis, foi marcado para 8 de julho de 2011. 



O lançamento do Atlantis em direção à ISS, que será o 135º de um ônibus espacial depois do primeiro voo do Columbia em 1981, foi programado para as 15h40 GMT (12h40 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, próximo a Cabo Canaveral (Flórida, sudeste), com uma tripulação de quatro astronautas. São eles: O Comandante Christopher Ferguson, o piloto Douglas Hurley, e os especialistas Sandra Magnus e Rex Walheim. 



Será a missão 33 do Atlantis e a que marcará o fim do programa de ônibus espaciais da Nasa após 30 anos em atividade.





 Fonte: uol.com.br e ig.com.br
 Fotos: NASA